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terça-feira, 9 de novembro de 2010

PRESIDENTE ou PRESIDENTA?


Vários brasileiros, inclusive as mídias, estão ora falando “presidente”, ora “presidenta”, sem saber como se referir a Dilma Rousseff. Será que cada falante escolhe o que melhor soar aos seus ouvidos e à comunidade com a qual convive?
As formas femininas professora, doutora e juíza, também soaram estranho nos primeiros anos, mas depois foram assimilados no falar cotidiano dos brasileiros.

Do ponto de vista da norma culta, os dicionários Aurélio e Houaiss já recomendam o uso de presidenta como feminino de presidente ou para a mulher do presidente.
O professor Adalberto J. Kaspary, que vai buscar na Academia das Ciências de Lisboa, a fonte para defender o uso da palavra comum a homem e mulher: presidente.
O famoso professor Pasquale Cipro Neto se escala no time que prefere chamar “presidente Dilma”. Em uma de suas aparições em programas de TV sobre língua portuguesa, aproveitou o momento político para decretar: normalmente as palavras que terminam ‘nte’ não têm variação. “O que identifica o gênero é o artigo que o precede, como o gerente, a gerente, o pedinte, a pedinte”.
A professora baiana, filha de pais russos, Nadegda Kochergin, pede licença para discordar do mestre Pasquale: “Presidenta é melhor porque deixa claro ser uma mulher e a questão de gênero, agora para o Brasil, vai tomar um novo fôlego”.

Conforme as prescrições da norma-padrão da língua, temos a seguinte explicação:
Assim como o gênero feminino de infante é infanta e o de coronel é coronela, por mais estranhas que soem, justamente porque é incomum vermos mulheres ocupando tais cargos, o de presidente pode ser, sim, presidenta.
Há quem prefira, contudo, a forma presidente, precedida do artigo definido a: a presidente.

Logo, ambos os femininos são considerados pela normatividade da língua portuguesa, o que legitima seus empregos.

Abaixo, dois exemplos:

Dilma Rousseff: a primeira presidente do Brasil.
Candidata? Não mais. Presidenta Dilma Rousseff.

Assim, em um país democrático como o Brasil,caminhemos rumo a uma sociedade menos desigual, respeitando a cultura riquíssima que possuímos.

Um comentário:

E.M.E.F. Esther de Figueiredo Ferraz disse...

Perfeito! Amei este artigo. Eu prefiro falar "a presidente Dilma". Mas gostei de saber que as pessoas não serão interpretadas mal se falarem "presidenta". E viva a democracia!

Beijinhos...

Neide